Gestão Autônoma e o Papel da Manutenção

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A Gestão Autônoma é um dos principais pilares da TPM – Gestão Produtiva Total, busca a quebra zero, enfocando o Operador como principal elo de ligação com o equipamento.

Tem como principal objetivo a mudança na forma de pensar e agir do Operador em relação à Manutenção, ou seja, mudar o raciocínio de “Eu fabrico e Você conserta” para “Nós somos responsáveis pelo Equipamento”.

Essa metodologia está direcionada para que os Operadores sejam os principais responsáveis pela conservação dos equipamentos que operam. Por isso, a importância de compreender a Gestão Autônoma como uma metodologia de integração entre Operação e Manutenção que contribui de forma significativa para a conservação dos equipamentos e o diagnóstico de falhas.

Deste modo, os Operadores devem estar atentos aos sintomas que indiquem problemas futuros, contribuindo para que a Equipe de Manutenção possa atuar de maneira programada antes da quebra, evitando intervenções corretivas de emergência, consequentemente, paradas imprevistas.

Essa colaboração é de suma importância porque o quanto antes o problema for resolvido, ainda em sua fase inicial, mais tempo a Equipe Técnica ganha para dedicar-se à prática da manutenção planejada. Assim, o resultado será a otimização do tempo de vida útil dos equipamentos e da eficiência global dos equipamentos.

Então, a Gestão Autônoma visa garantir a conservação dos equipamentos para fabricar produtos de qualidade. Para isso, é essencial capacitar, treinar e disciplinar os Operadores para que consigam:

  • Identificar as falhas;
  • Entender os objetivos, função e estrutura dos equipamentos;
  • Manter seus equipamentos nas melhores condições;
  • Seguir os procedimentos operacionais.

Em cada uma das etapas da Gestão Autônoma, os Operadores passam a desempenhar novas atividades que estão ligadas ao desenvolvimento de suas habilidades. Logo, o foco é no aumento da eficiência produtiva porque visa prevenir a deterioração dos equipamentos. Sendo responsabilidades do Operador: operar o equipamento corretamente, detectar e prevenir as anormalidades por meio de criteriosa limpeza e inspeção que vão revelar os defeitos no equipamento.

Cabe salientar, na realização das atividades de limpeza e inspeção bem como todas as demais é fundamental obedecer às regras de segurança e de integridade física pessoal, dos colegas e dos equipamentos.

Assim, os direcionamentos para a Operação são:

  • Evitar deterioração das máquinas, detectando anomalias no estágio inicial;
  • Envolver os Operadores e Auxiliares na conservação e limpeza das máquinas;
  • Capacitar e desenvolver as habilidades das pessoas para que tenham domínio sobre as máquinas.

Deste modo, torna-se evidente que o comprometimento da Operação passa a ser também com o aumento da confiabilidade dos equipamentos.

Antes de começar a implantação da Gestão Autônoma, é recomendado:

  • Realizar a etapa de preparação que abrange o conhecimento da estrutura industrial e a sistemática de trabalho;
  • Mapeamento do processo produtivo e a definição de uma área piloto,
  • Definição das metas e indicadores de performance;
  • Estabelecer um cronograma de implantação e treinamentos;
  • Documentar a situação atual e fazer benchmarking.

Basicamente, a Gestão da Manutenção está dividida em sete etapas.

  1. Limpeza Inicial: eliminar a sujeira, os resíduos e os materiais estranhos ao equipamento.
  2. Eliminação das Fontes de Sujeira e Locais de Difícil Acesso: eliminar ou conter a geração de sujeira e melhorar os acessos preservando a segurança.
  3. Elaboração de Padrões de Inspeção e Limpeza: padronizar as rotinas de limpeza e inspeção realizadas pelo operador.
  4. Inspeção Geral do Equipamento: certificar o mantenimento das condições básicas do equipamento.
  5. Inspeção Autônoma: revisar e aperfeiçoar os padrões de limpeza e inspeção, evitando a ocorrência de erros.
  6. Organização e Gerenciamento do Local de Trabalho: organizar e gerenciar tudo aquilo que está no entorno do equipamento: bancadas, ferramentas manuais, dispositivos, segurança, layout, quadros de aviso, procedimentos operacionais, entre outros.
  7. Autocontrole: compreender e reconhecer a importância das atividades e a necessidade de desenvolvê-las com confiança, para que os operadores possam raciocinar e executar por si mesmos.

As quatro primeiras etapas visam o Aprendizado com os problemas das máquinas, onde o Operador tem em mente o raciocínio e o método de melhoria do equipamento bem como começa a conhecer as funções e a estrutura do equipamento.

Cabe destacar, as etapas 1, 2, 3 e 4 se bem implementadas geram um enorme resultado. Pois, a Operação passa a contribuir de forma significativa para a conservação e diagnóstico de falhas, ou seja, para o aumento da confiabilidade.

As etapas 5, 6 e 7 fazem parte da auto-gestão, quando o Operador passa a conhecer a precisão dos equipamentos e a qualidade do produto, inclusive pode conseguir efetuar determinados consertos no equipamento.

Lembramos, é indicado que a metodologia 5S já esteja implementada, pois, essa preparação se mostra fundamental para o desenvolvimento das próximas etapas da Gestão Autônoma.

Já que um local de trabalho bem organizado contribui para que os profissionais realizem suas funções com rapidez, eficiência e segurança. Igualmente, ajuda a simplificar o ambiente, reduzir o custo e os desperdícios. Além de promover a melhoria da qualidade e segurança no entorno do equipamento.

O papel da Manutenção nesse contexto envolve: treinar e apoiar os operadores; executar as manutenções planejadas, corretivas e melhorias nos equipamentos; atuar para melhorar a disponibilidade e produtividade dos equipamentos; realizar intervenção com qualidade mantendo os equipamentos limpos; solucionar definitivamente os problemas (causa raiz); comunicar de forma clara sobre a viabilidade técnica e prazo de execução das solicitações realizadas.

Portanto, o setor de manutenção deve estar estruturado estrategicamente, ou seja, deve acompanhar e controlar seus processos e atividades de forma sistemática, fornecendo soluções eficazes para otimização de resultados na produção, consequentemente, na produtividade e competitividade da organização.

Dica Gênesis para o Gestor:

Total Productive Management (TPM) deve ser implementado com o envolvimento de todas as áreas e profissionais da organização, pois, abrange praticar a avaliação contínua dos resultados obtidos e análise das oportunidades visando melhorar sempre.

A abordagem da Gestão Produtiva Total está relacionada ao indicador de Eficiência Global dos Equipamentos.

É formado por oito pilares com objetivos específicos que convergem para a melhoria da sustentabilidade e lucratividade da empresa.

Autores: Mara Rejane Fernandes e Moisés Fernandes Dias

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