A Gestão Autônoma foca no aumento da eficiência produtiva porque visa prevenir a deterioração dos equipamentos, consequentemente, contribuindo para otimização do ciclo de vida útil dos ativos físicos.
Lembrando que, a responsabilidade do Operador é operar o equipamento corretamente, detectar e prevenir as anormalidades por meio de criteriosa limpeza e inspeção que vão revelar os defeitos no equipamento.
Assim, os direcionamentos para a Operação são: evitar deterioração das máquinas, detectando anomalias no estágio inicial; envolver os operadores e auxiliares na conservação e limpeza das máquinas; capacitar e desenvolver as habilidades dos profissionais para que tenham domínio sobre as máquinas.
Então, torna-se evidente que o comprometimento da Operação passa a ser também com o aumento da confiabilidade dos equipamentos.
Na etapa 01 de Limpeza Inicial, o foco é eliminar a sujeira, os resíduos e os materiais estranhos ao equipamento. Isso permite visualizar e detectar os problemas, encontrar as fontes geradoras de sujeira e propor o recondicionamento do equipamento. É importante entender que a limpeza serve como inspeção.
Nesta etapa, acontece o contato do Operador com o Equipamento por meio de um olhar mais crítico a respeito de seu funcionamento. Os objetivos são despertar sua curiosidade em conhecer melhor o equipamento; detectar anomalias, encontrar fontes geradoras de sujeira e locais de difícil acesso; etiquetar as anomalias e não conformidades para auxiliar na gestão visual, agilizar a localização do ponto exato onde a equipe de manutenção deve intervir e propor a resolução do problema.
Essa limpeza normalmente ocorre em um dia específico, chamado o “Dia D”, em que participam os Operadores juntamente com seus gestores e líderes. Igualmente, o apoio de profissionais da manutenção é fundamental.
Esse dia, além de se tornar um marco na integração Operação e Manutenção, possibilita que as anormalidades sejam detectadas e identificadas com as etiquetas para que a manutenção faça as correções e melhorias evidenciadas.
Assim, o papel da Manutenção como parceiro torna-se evidente, pois executa as intervenções diretamente nos pontos identificados pelos Operadores, dessa forma, elimina as anormalidades e retira as etiquetas a fim de restabelecer as condições de funcionamento normais do equipamento.
O lema dessa etapa precisa ser divulgado para todos os envolvidos “Limpeza é inspeção”. Para isso, destacamos que a limpeza não é uma faxina superficial e sim uma limpeza minuciosa que visa detectar e identificar as anomalias para que posteriormente a Manutenção faça a correção ou eliminação desse desvio de padrão.
A limpeza bem feita revela muitos defeitos ocultos, o que possibilita corrigir os pequenos problemas; organizar ao redor do equipamento; conscientizar por meio dos resultados; entender em quanto tempo suja e de onde vem a sujeira.
Portanto, tão importante quanto limpar a sujeira é encontrar as fontes geradoras de sujeira e eliminá-las.
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Autores: Mara Rejane Fernandes e Moisés Fernandes Dias
