Entender onde estamos e por que fazemos o que fazemos exige olhar com atenção para a estrutura, a organização, o propósito e as conexões do nosso ambiente profissional.
Afinal, por que fazemos o que fazemos?
Para responder a essa pergunta é essencial compreender o contexto da Gestão da Manutenção e o papel empresarial e estratégico dessa área em relação ao universo organizacional na qual está inserida.
Nesse aspecto, os gestores e os diversos colaboradores que trabalham nessa área são de suma importância, pois são os corresponsáveis pela visão que o restante da empresa tem sobre a manutenção.
Mas, será que todos estão alinhados sobre o significado de GESTÃO & MANUTENÇÃO para que seja possível potencializar a Gestão da Manutenção?
Em nossa opinião, Gestão é Ação e Manutenção é Ação.
GESTÃO É AÇÃO
Sob essa ótica, trazemos a afirmação de Peter Drucker, escritor, professor e consultor administrativo:
“Gestão é tarefas. Gestão é disciplina. Mas a gestão também é pessoas. Todos os feitos da gestão são os feitos de um gestor. Todos os fracassos são os fracassos de um gestor. São as pessoas que gerem, não forças ou factos. A visão, dedicação e integridade dos gestores determinam se há boa ou má gestão.”
A gestão da manutenção de excelência começa com uma visão sistêmica, onde cada colaborador entende seu papel e suas responsabilidades dentro do processo e contribui para obtenção de resultados consistentes.
É preciso planejar, monitorar, ajustar e agir com base em informações concretas.
Que tal refletir com sua equipe de manutenção:
- Estamos alinhados com os objetivos da empresa?
- As máquinas estão com máxima disponibilidade?
- Temos controle efetivo dos sobressalentes?
- A equipe está capacitada?
- Há indicadores bem definidos e acompanhados?
- O custo da manutenção está em conformidade com os resultados?
A excelência na gestão da manutenção não é um destino final, mas um caminho contínuo de aprendizado, adaptação, melhoria e evolução.
MANUTENÇÃO É AÇÃO
Para corroborar essa compreensão, pesquisamos sobre a origem da palavra “manutenção”, que vem do latim manutentio, onis, significando “ato de segurar, de pegar com as mãos” ou “ato de manter”.
O termo deriva de manus (mão) e tenere (segurar), refletindo a ideia de preservar e cuidar de algo para que continue em bom estado.
Essa definição nos ajuda a compreender a importância estratégica da manutenção. Pois, a empresa, enquanto um sistema organizado, é composta por objetivos, recursos, processos de transformação e divisão de tarefas.
Cada setor — produção, manutenção, P&D, marketing, financeiro, RH — interage e colabora para a obtenção de um objetivo comum.
Nesse cenário, o setor de manutenção tem papel determinante: garantir a confiabilidade dos ativos, maximizando resultados com o menor custo possível. Lembrando, em manutenção, a gestão garante que os ativos estejam disponíveis, seguros e funcionando de forma sustentável.
Então, acreditamos que o verdadeiro o elo de ligação entre Gestão & Manutenção são as PESSOAS EM AÇÃO, representadas por Gestores e Equipes Técnica, de PCM e das Engenharias de Manutenção e Confiabilidade.
Sabendo que a Gestão da Manutenção compreende o ato de gerenciar pessoas, processos, estratégias, tempo, conhecimento e inovação em prol de melhores resultados.
É a ação das Pessoas que Agrega Valor ao Negócio, no sentido de atingir os objetivos e cumprir as metas previamente definidas pela organização na qual estão inseridas.
Na Gestão da Manutenção de Excelência, é de extrema importância para quem lidera a manutenção ter clareza e estratégia.
Quem assume a função de Gestor de Manutenção assume compromissos e responsabilidades previamente estabelecidas, visando a obtenção de resultados consistentes.
O principal papel do Gestor de Manutenção é fazer Gestão – ou seja, planejar, organizar, coordenar, direcionar, controlar, delegar, orientar e fornecer os recursos necessários para que as atividades sejam executadas com efetividade.
A partir dessa premissa, o foco passa a ser aprendizagem e melhoria contínua, tornando-se um facilitador do conhecimento, um desenvolver habilidades, um tomador de decisões com base em dados e uma inspiração para a equipe de manutenção.
Além de reunir competências técnicas, comportamentais, conceituais e decisórias, o gestor moderno deve estar atento à mundialização, ao avanço tecnológico e à responsabilidade social e ambiental. Esses fatores moldam as exigências do mercado e demandam um perfil profissional mais preparado, flexível e colaborativo.
Igualmente, junto ao seu staff deve definir indicadores relevantes para monitorar e otimizar o desempenho global da manutenção.
Nesse cenário, o Gestor de Manutenção juntamente com sua equipe precisa encontrar a solução adequada para determinado problema, utilizando o mínimo esforço e custo, eliminando os desperdícios de recursos.
Os desafios do Gestor de Manutenção
- Saber fazer gestão;
- Ser e fazer o seu melhor;
- Saber o que deve ser feito e se preparar para isso;
- Gerenciar a rotina e as melhorias;
Gestão e Manutenção se encontram no ponto mais forte de qualquer organização — nas pessoas em ação.
São elas que conectam a estratégia com a prática, os dados com a realidade, o planejamento com a execução.
E é nelas que reside a verdadeira força da manutenção como vantagem competitiva e pilar essencial para o sucesso organizacional.
👉 E na sua realidade: a gestão da manutenção está realmente nas mãos das pessoas certas, em ação constante? Quer compartilhar sua visão!
Dica Gênesis para o Gestor:
O Gestor fazendo Gestão da Manutenção deve estar atento aos seguintes pontos:
1. A inteligência das decisões está nas pessoas
São as pessoas que interpretam os dados, conhecem os ativos e tomam decisões estratégicas.
A tecnologia apoia, mas a inteligência de contexto, experiência prática e senso crítico só vêm da equipe.
A Gestão de excelência da manutenção nasce do olhar humano, atento e comprometido.
2. Conhecimento prático + visão estratégica = soluções reais
A Equipe de Manutenção sabe o que acontece no chão de fábrica.
O Gestor de Manutenção entende os impactos nos resultados da empresa.
Quando atuam juntos, transformam problemas técnicos em oportunidades de ganho operacional e financeiro.
3. Indicadores são ferramentas, não fins
É a Equipe de Manutenção que coleta, analisa e dá significado aos dados de manutenção.
O Gestor orienta o uso desses dados para melhorar processos e performance.
Pessoas em ação conectam o “por que” da gestão com o “como” da manutenção.
4. A melhoria contínua acontece no dia a dia
É a participação ativa da Equipe de Manutenção que move o ciclo PDCA, promove 5S, executa Kaizens.
O Gestor cria o ambiente, mas são todas as pessoas que vivem a melhoria contínua.
Sem envolvimento humano, não há transformação real.
5. Engajamento gera responsabilidade e orgulho
Quando o profissional de manutenção entende seu papel na estratégia da empresa, ele se sente parte dela.
Isso eleva o senso de pertencimento, responsabilidade e qualidade no trabalho.
Manutenção se torna mais do que consertar – vira contribuição direta para o sucesso da empresa.
Autores: Mara Rejane Fernandes e Moisés Fernandes Dias