Integração Organizacional e a Manutenção

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Segundo Isaac Newton “Construímos muros demais e pontes de menos”.

Ao considerar essa afirmação como verdadeira e observar determinadas organizações percebemos que muros ainda continuam a ser construídos entre as áreas, pois, algumas lideranças defendem a estratégia equivocada de que a concorrência interna trará maior produtividade e lucro.

Logo, se os responsáveis pelo negócio só pensam em dividir as áreas em silos organizacionais (estruturas independentes sem colaboração entre si), toda a empresa acaba perdendo. Seja pelos ruídos gerados na comunicação entre as partes interessadas ou pela ausência da visão sistêmica ou pela falta de corresponsabilidade e colaboração na resolução de problemas que atingem o todo organizacional.

Quando gestores acreditam que a organização é um sistema vivo e harmônico, um grande diferencial para melhoria do desempenho das equipes e satisfação dos clientes é a construção de pontes e redes de integração.

Integração significa ato ou efeito de integrar ou tornar inteiro. E, não se trata apenas daquele programa de integração que acontece quando os funcionários são admitidos ou terceiros são contratados.

A abrangência da integração organizacional precisa ser muito maior do que somente para inserir os novos profissionais no ambiente de trabalho e engajá-los a fim de aumentar a qualidade do serviço.

As pontes e redes de integração devem permear o cotidiano gerencial e operacional, trazendo interconectividade para a criação de soluções e melhorias, já que a integração precisa ser considerada como processo diário.

E, para os profissionais proativos é muito importante “enxergar” claramente que seu trabalho é relevante e interdependente. Igualmente, compreender que suas entregas impactam direta e positivamente nos resultados de seus pares, de colegas dos demais setores da empresa, de clientes e da comunidade onde sua empresa está inserida.

E, justamente por existir grande importância e uma relação de dependência mútua entre as diferentes áreas dentro da empresa, todos precisam contribuir diariamente para que:

  • o ambiente organizacional seja agradável e seguro;
  • o propósito da empresa e dos setores seja praticado;
  • as lideranças estejam comprometidas e engajadas;
  • os gestores respeitem, promovam o desenvolvimento e apoiem suas equipes;
  • a administração de conflitos seja um processo contínuo;
  • cada pessoa conheça e pratique com responsabilidade sua função;
  • feedbacks sejam oferecidos e recebidos;
  • o foco seja aprendizagem e a melhoria contínua;
  • os profissionais sejam valorizados e valorizem-se.

Ao expandir sua rede de integração e ampliar a visão global no sentido de atingir metas e objetivos organizacionais e setoriais, a manutenção pode compreender que além de um trabalho multidisciplinar realizado pela própria equipe de manutenção, também é essencial agregar os esforços e inteligências das demais áreas da organização. Por exemplo, no Kaizen onde profissionais de diferentes áreas, conhecimentos e habilidades trabalham juntos e alinhados.

Então, com a finalidade de que a manutenção forneça um serviço de alto valor agregado com segurança, efetividade e qualidade no momento certo será necessário a integração com as demais áreas da organização. É, importante salientar que os principais clientes da manu­tenção também podem ser considerados como parceiros.

Dessa forma, gestores e equipe precisam compreender como se relacionar com cada uma das áreas clientes e parceiras para que exista uma colaboração mútua em prol do negócio manutenção.

Para evidenciar e direcionar a integração, citaremos algumas áreas e exemplos da forma de contribuição da manutenção:

  • Operação: agregar para a fabricação de produtos e serviços, entrega dentro dos prazos e melhoria contínua do desempenho operacional.
  • Gestão de Pessoas: cooperar na seleção e contratação, formação e treinamento, bem como no desenvolvimento e crescimento dos profissionais.
  • Segurança e Meio Ambiente: atuar para evitar aciden­tes, impactos ambientais, emissão de gases poluidores ou contamina­ção.
  • Diretoria: foco é a produtividade, lucratividade e susten­tabilidade.
  • Qualidade: contribuir no cumprimento das especificações e normas regulamentadoras relacionadas aos proces­sos e produtos para que sejam entregues conforme as necessidades e exigências do cliente final, visando sua satisfação. Assim, para atingir o objetivo da área de qualidade, a manutenção deve garantir o ple­no funcionamento dos equipamentos a fim de fabricar produtos que atendam aos requisitos preestabelecidos, internos ou externos, a serem cumpridos por esse setor. Igualmente, verificar as “não conformidades” dos produtos relacionadas ao mau funcionamento dos equipamentos. A manutenção precisa encontrar a origem desse resultado inesperado ou falha no processo verificando a conservação dos componentes que impactam a qualidade do produto, atuando imediatamente na correção e posteriormente na prevenção da reincidência dessa falha.

Lembrando, que essa é uma via de mão dupla, pois, também as demais áreas como PCP, Operação, RH e Engenharia de Confiabilidade podem contribuir para melhoria do desempenho da manutenção.

Ao compreender o grande valor de uma estratégia de integração no âmbito organizacional torna-se possível que as lideranças e equipes multidisciplinares entendam seus papéis e suas contribuições mútuas.

Portanto, a Manutenção formada pela equipe técnica e de PCM, gestão e engenharia da manutenção deve fortalecer a integração interna e externa, continuar alinhada às metas da empresa a fim de traçar as melhores estratégias, considerando o impacto dos equipamentos e instalações para o resultado das demais áreas, consequentemente, para a organização como um todo.

Dica Gênesis para o Gestor:

A integração promove consenso e consistência dentro da organização.

Quando metas e objetivos organizacionais estão alinhados no todo organizacional, a integração é alcançada, pois, existe colaboração e as equipes estão interligadas.

A integração organizacional possibilita o aumento da eficiência produtiva e pode representar um diferencial competitivo no mercado.

Autores: Mara Rejane Fernandes e Moisés Fernandes Dias

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