Manutenção e a Conectividade

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Quando o termo conectado é usado instantaneamente remete a palavras como Internet, Web, Celular, Facebook, WhatsApp, LinkedIn, notebook, tablet.

Enfim, todas relacionadas a um aparelho, uma ferramenta ou um dispositivo tecnológico. Geralmente, a reação inicial se refere ao canal de comunicação e, em segundo plano aos receptores, ou seja, com quem se pretende comunicar.

Para clarear as ideias, pesquisou-se no dicionário de língua portuguesa na web o significado de conectividade, a primeira definição se refere à qualidade do que é conectivo (conexão, ligação), a outra pautada na informática cita: “capacidade de um computador, programa, etc., de funcionar em ambiente de rede”.

Fica nítido o envolvimento do processo de comunicação na conectividade, já que compreende tanto a transmissão de informações como o sentido do que está sendo comunicado para um ou mais interlocutores.

    • Com quem estou conectado e para que vou me conectar?
    • O que quero e como vou comunicar?
    • Para quem vou transmitir essa informação?

Por isso, em relação a um time de manutenção, a comunicação deve ser clara, simples e objetiva. A essência e a verdadeira natureza do que está sendo “dito” não pode deixar margem para dúvidas ou interpretações equívocas.

Isso é importantíssimo porque a efetividade das decisões e dos serviços realizados pela equipe de manutenção, também é baseada no compartilhar informações confiáveis e na divulgação das melhores práticas (Inteligências da Manutenção).

O panorama local e global desvenda velozes avanços tecnológicos e mudanças comportamentais de pessoas altamente conectadas, exigindo agilidade no processamento de informações para que se tornem rapidamente conhecimentos a serem aplicados.

Da mesma forma, no espaço habitado pelo profissional de manutenção constantemente são inseridos equipamentos e ferramentas com certo grau de sofisticação tecnológica, demandando a qualificação para manuseio, familiarização com componentes e utilização desses itens.

As empresas de grande, médio e pequeno porte do segmento industrial se enquadram nessa situação, apesar de muitas delas possuírem em seu parque fabril máquinas mais simples ou antigas, não significa que estão no período pré industrialização. Certamente, a tecnologia faz com que vários equipamentos estejam integrados de diferentes formas com o objetivo de aumentar a produtividade, disponibilidade, qualidade e segurança, caracterizando-se, muitas vezes, como diferencial competitivo.

Nesse contexto, os profissionais de manutenção devem estar preparados tecnicamente para manter e melhorar as condições ótimas de funcionamento desses ativos e atuar com eficiência em todo o seu ciclo de vida (adquirir e projetar, operar e manter, descartar e restaurar).  Sempre, cientes da importância do uso de ferramentas e dispositivos tecnológicos que garantam a conectividade tanto para executar como auxiliar suas atividades cotidianas.

Igualmente, o treinamento e a prática da visão sistêmica possibilitam aos mantenedores aprender sobre o processo no qual são sujeitos ativos, gerando a oportunidade de sugerir soluções e implementar melhorias necessárias.

Num período nem tão distante, em algumas empresas, a Gestão da Manutenção era considerada uma ilha, pois, a falta de visão da alta administração impedia enxergar sua contribuição para construção de uma organização sustentável.

Por isso, os registros de intervenções, os dados contidos nas ordens de serviços (um dos principais documentos da manutenção), a análise das falhas, o cálculo de indicadores e outras informações relevantes eram pouco consideradas para formar um histórico confiável e fundamentar a gestão da manutenção.

Tudo começa com a valorização da gestão da informação, consequentemente, com o conhecimento que é gerado, seja ele através de apontamentos manuais ou inseridos diretamente em softwares.

Nas Manutenções de muitas empresas já são utilizados dispositivos remotos como celulares, tablets, smartphones e outras ferramentas tecnológicas visando garantir o cumprimento dos objetivos e metas, gestão das rotinas e melhorias. A finalidade é o processamento da grande quantidade de informações, tais como:  indicadores; controle de horas trabalhadas; mapas de programação de manutenção planejada; fichas técnicas; históricos; etc. Em resumo os dados são filtrados e transformados em informações fundamentais para a melhoria continua dos processos e práticas.

Portanto, o gestor e o time de manutenção ao estarem conectados a uma rede de pessoas por meio de sistemas informatizados abastecidos por todos, devidamente capacitados, tornam-se aptos a realizar suas rotinas de forma autônoma.  Pois, com um acesso remoto conseguem entrar no sistema e saber quais as atividades e o período a serem realizadas.

Essa mobilidade amplia a compreensão do funcionamento do setor; promove e incentiva a criação de grupos de melhorias; possibilita a participação de cada um e de todos os membros da equipe na resolução de problemas; permite a avaliação técnica e econômica de maneira crítica de todas as soluções propostas.

E, em que pese aos investimentos no setor, quer na infraestrutura ou para a qualificação dos técnicos fica fácil a argumentação porque os dados são consistentes e podem ser comprovados.

 

Dica Gênesis para o Gestor:

As vantagens de um sistema informatizado são evidentes a partir do momento em que:

    • Se organiza uma estrutura para cumprir as rotinas de manutenção;
    • Os diversos tipos de ativos são cadastrados;
    • A situação da manutenção é acompanhada em tempo real;
    • O sistema de manutenção integra-se aos demais sistemas da empresa;
    • Os históricos dos equipamentos estão disponíveis e podem ser analisados;
    • Os custos podem ser controlados, pois existem os registros;
    • As informações são analisadas e compreendidas para que as decisões sejam fundamentadas e os investimentos seguros.

 

 

 

Autores: Mara Rejane Fernandes e Moisés Fernandes Dias

 

 

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