MTTR, MTBF e a Manutenção

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Os indicadores chave são base para o direcionamento dos planos e ações de rotina e melhoria, ou seja, são uma ponte para alcançar metas projetadas e a alta performance. 

O ponta pé inicial para consolidar um sistema de indicadores efetivos deve passar por:

  • Possuir visão integrada da organização;
  • Refletir sobre a lógica dos processos;
  • Incorporar a utilização dos indicadores por todos os níveis;
  • Entender claramente as consequências do desempenho.

Nesse contexto, o setor de manutenção deve estar estruturado estrategicamente para acompanhar e controlar seus processos e atividades de forma sistemática, fornecendo informações e dados confiáveis, soluções eficazes para otimização de resultados na produtividade e competitividade da organização na qual está inserido.

Ao entender que Manutenção é Disponibilidade, lideranças e equipe de manutenção estão comprometidos com o aumento do desempenho da manutenção através da prevenção de quebras e falhas.

Por consequência, a empresa terá a sua disposição equipamentos funcionando de acordo com sua capacidade requerida, fluxos de processo e programação contínuos, fornecimento e entrega de valor garantida.

Logo, para alcançar a máxima eficiência é fundamental possuir um sólido sistema de gestão de manutenção alinhado as estratégias organizacionais bem como adotar e operacionalizar meios de monitorar os resultados.

Assim, Gestores e Equipe devem estar cientes de qual é o real potencial de contribuição da Manutenção para a empresa e compreender que os resultados obtidos não se restringem somente ao aumento da disponibilidade de equipamentos e instalações, também estão diretamente ligados a melhoria do desempenho produtivo e a garantia da qualidade dos produtos.

Assim, reforçamos como será essencial definir um conjunto de indicadores capazes de monitorar o desempenho do sistema de manutenção, identificando seu impacto na operação e demais áreas da organização.

Então, os indicadores-chave de desempenho da manutenção são considerados uma das prin­cipais ferramentas de gestão e devem fazer parte da rotina dos profissionais desde sua entrada na organização.

Dessa forma, para que gestores e líderes sejam assertivos em sua tomada de decisão é indispensável monitorar sistematicamente os processos de manutenção e se basear na compreensão desses resultados para agir e agregar valor para a empresa, a manutenção e as pessoas.

A finalidade é obter informações e dados confiáveis para que os profissionais de manutenção possam entender como e onde melhorar seus resultados por meio de uma análise crítica fundamentada, garantindo a satisfação de clientes internos e externos.

Entre os principais indicadores de desempenho da manutenção que podem ser correlacionados e servem de base para decisões e ações estratégicas de melhoria em prol do aumento da disponibilidade no processo de manutenção estão o MTTR (relacionado a mantenabilidade) e o MTBF (relacionado a confiabilidade).  

  • MTTR é a sigla para Mean Time To Repair, que pode ser traduzido como tempo médio de reparo (referência < 60 min).

De maneira simplificada, é o tempo médio dedicado pela equipe técnica de manutenção para realização do reparo, ou seja, desde a o início da intervenção até o momento em que o sistema volta a operar após a manutenção.

É definido como sendo a divisão entre o total do tempo de manutenção corretiva, pelo número de intervenções corretivas no período.

Nesse caso quanto menor o número, melhor estará o indicador, normalmente este indicador é expresso em minutos. Atenção, priorizar a qualidade do serviço ao invés de simplesmente o atendimento da ordem, assim, evita-se a reincidência de falha.

  • MTBF é a sigla de Mean Time Between Failures que pode ser traduzido como tempo médio entre falha (referência >100h).

É definido como a divisão das horas disponíveis do equipamento para operação (de bom funcionamento) pelo número de intervenções corretivas neste equipamento no período.

Quanto maior o número desse indicador melhor, de uma maneira geral uma referência de MTBF seria em torno de 100 h, ou seja, uma intervenção corretiva a cada 100h.

Fique atento, é de extrema importância o cruzamento dos dados e a interpretação de um conjunto de indicadores para uma análise efetiva, por isso, antes de definir os indicadores de manutenção que serão utilizados, tenha em mente, qual é o objetivo e o resultado que se pretende alcançar por meio deles.

Outro ponto fundamental é que deve haver uma sinergia entre os indicadores de desempenho da manutenção, já que de modo algum é conclusivo a determinação de um cenário de manutenção analisando somente um indicador.

Portanto, os principais Indicadores de Desempenho da Manutenção de Classe Mundial medem o desempenho das práticas da manutenção, partindo do conhecimento da capacidade de equipamentos e instalações até as práticas operacionais realizadas.

É essencial determinar se os monitoramentos que estão sendo aplicados dão o norte e direcionamento para melhorias e contribuem para:

  • Garantir que os processos estejam com seu desempenho dentro do esperado;
  • Resolver os problemas evidenciados;
  • Entender se os objetivos e metas estão sendo alcançados.

Da mesma forma, verificar se os KPI´s estão alinhados ao planejamento estratégico da manutenção, foram definidos e utilizados de forma clara e padronizada. Também, dessa forma, pode-se verificar a eficácia dos planos e programas de manutenção bem como a efetividade das ações de melhorias.

Dica Gênesis para o Gestor:

É fundamental que os indicadores de desempenho da manutenção atendam aos seguintes critérios:

  • Validade, capaz de produzir os efeitos esperados, para isso, deve ter capacidade de detectar somente o evento analisado, assim, a definição dos dados e a forma que devem ser coletadas são muito importantes.
  • Confiabilidade, acuracidade da informação coletada, para isso, é necessário ter muita atenção na coleta dos dados tanto na conscientização das pessoas responsáveis pelo registro quanto em adotar métodos automatizados de coleta, tudo isso para aumentar o grau de confiança nas informações.
  • Relevância, valor de utilidade para os usuários, para isso, é essencial compreender quais as expectativas das partes interessadas, focar o que vai gerar resultado prático. Dessa forma, é necessário que a manutenção perceba os benefícios que o indicador está trazendo, seja a nível de Produtividade; Qualidade; Custo; Tempo de Entrega; Segurança, Meio Ambiente e Moral.
  • Praticidade, relação custo-eficácia, para isso, é necessário entender que o controle é uma atividade que gera custo, pois envolve a coleta dos dados, a análise das informações e a proposta de ações, assim, envolvem pessoas e sistemas. A manutenção deve avaliar uma forma eficaz de acompanhar o monitoramento do processo, nada de empregar recursos para obter indicadores sem utilidade.

Autores: Mara Rejane Fernandes e Moisés Fernandes Dias

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