Manutenção e a Inovação

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Theodore Levitt, foi economista e Mestre da Harvard, segundo ele “A criatividade é pensar coisas novas. A inovação é fazer coisas novas .”

Ao refletir sobre essa afirmação fica evidente que para fazer algo novo (inovar) é fundamental imaginar este algo novo (criar). Obviamente, significa que essa inovação só será implementada se comprovadamente agregar valor para alguém.

Cabe destacar que o ambiente organizacional deve ser propício para inovação, segundo a  metodologia da gestão da inovação apresentada no Workshop Telescópio do IEL-FIERGS em 2018, “… alguns princípios são necessários para que a inovação faça parte da cultura da organização: comprometer toda a organização; estar atento as mudanças globais; construir uma visão de futuro; desenhar estratégia de inovação; desenvolver e gerenciar projetos inovadores; enraizar uma cultura de inovação.”

Certamente, a metodologia de gestão da inovação deve ser definida a partir das peculiaridades de cada empresa, visando atender as suas demandas.

É básico entender que a inovação é um processo. Sendo assim, é necessário existir um processo formalizado a fim de orientar, entender, avaliar e validar a inovação para que não seja desperdiçada ou pareça que ocorreu ao acaso.

Em várias pesquisas sobre o tema “innovation steps”, nota-se que o processo de inovação tem etapas definidas que abrangem: gerar e preparar a ideia; analisar seus benefícios e dificuldades; clarificar a ideia; testar se a ideia é adequada para a situação e o momento; avaliar seu impacto.

E,  caso a solução seja implementada, será preciso: evidenciar suas particularidades para que seja aceita por toda a organização; definir  e planejar tudo o que será necessários para que essa inovação seja desenvolvida, utilizada ou produzida; refletir e avaliar os resultados obtidos.

Ao compreender que a inovação é um diferencial competitivo para o negócio, fica evidente que o processo de manutenção, por meio de seus gestores e equipe podem contribuir de forma significativa com soluções criativas e efetivas que agregam valor. Isso, tanto em relação ao desempenho, custo e risco como aos fatores de segurança, qualidade, performance e confiabilidade de equipamentos e instalações.

Para alguns indivíduos “ser criativo”  é nato, consequentemente, acreditam que certas pessoas  já nascem criativas e outras não. Nessa linha de pensamento, muitas alegam de modo contundente: Não sou criativo!

Aqui cabe abrir parênteses, em um vídeo da palestra de Murilo Gun no Fórum CEO Brasil em 2018, disponibilizado no youtube, ele lança de forma bem interessante e humorada a opinião de que todas as pessoas são criativas, só que algumas ao longo de suas vidas se descolam desta capacidade criativa.

E, aliando esse conceito com nossa experiência profissional, notamos que quando as pessoas se autodenominam “não criativas”, muitas vezes,  diante de um problema subestimam suas próprias ideias, descartando ótimas novas soluções para transformar a situação em que se encontram.

Vamos lá, ainda que diga categoricamente que não tem criatividade, será que em certos momentos do seu dia a dia profissional, você não se pega observando como as coisas funcionam e se conectam no ambiente de manutenção.

E, começa a imaginar novas maneiras de mudar e melhorar processos, estratégias, metodologias usadas na manutenção e, até mesmo, se pega pensando em novas alternativas para agregar valor ao processo de manutenção, mesmo que não se sinta seguro para comunicá-las ou não se arrisque a compartilhar com outras pessoas.

Então, para que a inovação continue a prosperar e transformar positivamente a realidade do processo de manutenção é essencial que gestores e equipe de manutenção tenham um ambiente seguro e acolhedor para expor suas ideias e aprimorá-las.

Por isso, é tão importante um espaço e tempo na empresa que ofereça meios e condições seguras para que profissionais de manutenção possam praticar sua criatividade e pensamento crítico, compreender a conexão de fatos e dados e implementar novas soluções com disciplina e metodologias adequadas.

Essas interações através reuniões, kaizen ou workshops internos ou externos seriam realizadas visando introduzir novidades que contribuíssem na efetividade, qualidade e desempenho da manutenção.

Igualmente  desenvolver,  valorizar e deixar fluir o comportamento inovador dos membros da equipe de manutenção tanto na resolução da causa raiz de problemas quanto na superação dos demais desafios cotidianos.

A partir disso, Gestores e Equipe de Manutenção devem ter em mente  que criar e fazer algo novo no processo de manutenção é agregar valor para todas as partes interessadas no negócio (funcionários, acionistas, clientes, fornecedores, sociedade), inclusive para você mesmo.

Portanto, é fundamental averiguar como essa ideia, método ou objeto diferente dos usados anteriormente na manutenção se tornará relevante, será utilizado pelas pessoas, como atenderá uma necessidade e a razão pela qual a empresa investiria nesta nova solução.

Mas, fique atento, a inovação no processo de manutenção deve ser contínua, já que agir da mesma forma diante de problemas diferentes provavelmente não trará os mesmos resultados de excelência.

Então, se por um lado, a inovação está aonde a maioria não vê, justamente, porque a maioria não se propõe a olhar ou não está comprometida com a melhoria. Por outro lado, muitas pessoas tem uma conduta inovadora, mas, suas novas e melhores soluções não são implementadas porque a manutenção não está suficientemente madura para compreender o valor da inovação.

Lembre-se, a ética sempre deve prevalecer ao praticar a inovação.

 

Dica Gênesis para o Gestor:

O papel do gestor de manutenção é primordial com relação a abordagem, mentalidade e recursos disponibilizados para a inovação.

Apesar da inovação impor desafios, observamos que os profissionais de manutenção são muito criativos no seu dia a dia.

Assim, é essencial criar oportunidades e canalizar essa criatividade para potencializar a inovação no processo de manutenção, certamente,  isso trará resultados extraordinários.

Assim, ao eclodir as novas soluções e melhorias, será indispensável priorizar a inovação, consequentemente, você terá que se perguntar:

  • No que a nova solução é atraente?
  • Como pode ser executada?
  • Quem é o cliente que atenderá?
  • Como a nova solução criará valor?

 

Autores: Mara Rejane Fernandes e Moisés Fernandes Dias

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