Manutenção e o Diagnóstico de Falha

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Conforme Winston Churchill “Por mais brilhante que a estratégia seja, você deve sempre olhar para os resultados. ”

Sendo assim, quando a “estratégia” de manutenção envolve um grande número de intervenções não programadas e imprevistas, normalmente, as falhas são tratadas e diagnosticadas apenas depois de ocorrer o agravamento do desvio de comportamento esperado de uma determinada máquina.

Isso se torna mais crítico a medida em que o resultado da falha acarreta a interrupção do processo produtivo ou expõe a planta a graves riscos ambientais e pessoais.

Nesse contexto, devido a urgência de colocar o equipamento o mais rápido possível em funcionamento, o diagnostico se torna superficial e perde-se a oportunidade de:

  • Avaliar o impacto do tipo de falha no desempenho do equipamento;
  • Definir estratégias para prolongar a vida útil do equipamento (manutenção baseada no tempo e na condição);
  • Identificar os gaps´s no desenvolvimento dos profissionais envolvidos;
  • Construir um histórico de intervenções confiável (sintoma, causa, ação) a fim de evitar a reincidência de falhas e muito mais.

Além disso, a pressão imposta ao profissional de manutenção pela corretiva de emergência faz com que, algumas vezes, os sintomas sejam tratados de forma paliativa e a identificação da causa raiz procrastinada.

Cabe ressaltar que sintoma é qualquer modificação da percepção do funcionamento normal de um componente ou equipamento. Exemplos de sintomas: aquecimento fora do normal, ruído constante, vibração excessiva, vazamento, variação de temperatura no óleo.

Assim, a detecção e o diagnóstico da falha são fundamentais, pois, visam monitorar e determinar qual falha ocorreu, identificar quando e o tipo de falha bem como aonde precisamente está localizada.

Lembrando, o diagnóstico é a ação de recolher e analisar dados para avaliar problemas de diversas naturezas. Sendo assim, se por um lado, o problema é o resultado indesejável de uma atividade e processo, ou melhor, uma situação que provoca o mal funcionamento e indisponibilidade do equipamento. Por outro lado, a causa é a origem do fato, aquilo ou aquele que ocasiona um acontecimento ou faz que uma coisa exista. Dessa forma, as falhas podem ter origem na falta de resistência (projeto), uso impróprio (operação) e manutenção inadequada (manutenção), seja qual for a origem da falha irá afetar o percentual de disponibilidade e a satisfação do cliente.

Deste modo, compete ao profissional de manutenção responsável pelo diagnóstico:

  • Observar minuciosamente os sintomas e sinais;
  • Coletar as evidências, informações relevantes para o completo conhecimento das características dos sintomas;
  • Localizar a falha e analisar o padrão;
  • Avaliar os sintomas e causas das falhas para compreender a gravidade no desempenho do equipamento para determinar e recomendar as tratativas a fim de remover a falha.

Da mesma forma, se destaca a importância de identificar as alterações de parâmetros monitorados causados pelo desvio de um padrão desejado para que obrigatoriamente seja corrigido imediatamente.

Outro aspecto relevante a ser mencionado é que por falta de um diagnóstico aprofundado, o ciclo da falha em equipamentos com alto grau de criticidade resulta em uma falha reincidente. Isso porque o profissional de manutenção precisa aplicar uma ação corretiva rapidamente, frequentemente, apenas os sintomas são removidos. Em consequência, não são realizadas as análises de falha necessárias para conhecer as causas fundamentais e a falha acontece novamente no mesmo componente ou componentes próximos, afetando negativamente o equilíbrio entre disponibilidade, custos e riscos.

Portanto, com a finalidade de restaurar a condição requerida do equipamento, otimizar os custos e garantir a confiabilidade, mantenabilidade, qualidade e segurança são pontos chave o planejamento, o desenvolvimento e a melhoria das estratégias para detectar e diagnosticar as falhas antes que ocorra a quebra.

 

Dica Gênesis para o Gestor:

Para evitar as falhas será preciso investir no diagnóstico inteligente das falhas, seja através da capacitação do profissional de manutenção ou da inteligência artificial ou combinação de ambas.

O foco é prever a falha por meio da análise de padrões de comportamento. Tenha em mente que a inteligência humana sempre estará envolvida na criação de algoritmos e modelos bem como no desenvolvimento e aprendizagem da IA.

 

 

Autores: Mara Rejane Fernandes e Moisés Fernandes Dias

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