Manutenção Lean: Por que você ganha e aprende?

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John Calvin Maxwell, pastor e conferencista (EUA), escreveu vários livros sobre liderança. E, o título de um deles é  “Às vezes você ganha, às vezes você aprende” que consideramos muito criativo e  inspirador, por isso, adaptamos ao tema Manutenção Lean.

Sendo assim, convidamos você para refletir conosco sobre porque ganhar e aprender com a Manutenção Lean a partir da compreensão de que os desperdícios encontrados no processo de manutenção devem ser o ponto de partida para alavancar as melhorias na execução das atividades cotidianas do setor e na competitividade da empresa.

Bem, podemos considerar como desperdícios no processo de manutenção qualquer atividade e utilização de recursos que não agregam valor para o cliente,  por esse motivo, é fundamental fazer e analisar o mapeamento do fluxo de valor da manutenção para que seja possível:

  • Ter uma visão macro e individual dos processos;
  • Ser assertivo na tomada de decisões;
  • Visualizar a relação entre o fluxo de informação e fluxo de material;
  • Identificar e eliminar as fontes dos desperdícios;
  • Aumentar a produtividade e qualidade dos serviços.

Como abordamos em edições anteriores, os desperdícios do processo de manutenção são danosos para todas as organizações, portanto, é de extrema importância que gestor e equipe de manutenção estejam atentos aos exemplos a seguir:

  1. MOVIMENTAÇÃO DESNECESSÁRIA: qualquer movimento humano ou de carga que não agregue valor ao cliente da manutenção. Exemplos: busca de peças, ferramentas e manuais técnicos; falta de informação na ordem de serviço; movimentação nas bancadas de trabalho; movimentação de materiais para outras áreas; execução de atividades da operação.
  2. TEMPO DE ESPERA: tempo em que o profissional de manutenção aguarda algum tipo de recurso ou informação para execução de seu serviço. Exemplos: aguardando peças; ferramentas e manuais técnicos; liberação de equipamento e serviços; burocracia na aquisição de peças e serviços; aguardando serviço terceiro e assistência técnica; aguardando orientações do serviço a executar.
  3. MAU APROVEITAMENTO DO POTENCIAL HUMANO: o talento das pessoas não é aproveitado e não gera valor. Exemplos: falta de incentivo e desenvolvimento; pressão ao realizar o trabalho; má distribuição das atividades; falta de plano de carreira e remuneração; falta de estímulo para prática de melhorias.
  4. MÁ GESTÃO DO INVENTÁRIO: mau dimensionamento, qualidade inadequada e desorganização das peças e materiais. Exemplos: falta de materiais adequados para intervenção; materiais obsoletos e em excesso; falta padronização de componentes; demora na localização e entrega de peças; mau acondicionamento das peças.
  5. MÁ UTILIZAÇÃO DAS FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS: quando não há necessidade da manutenção ocorrer. Exemplos: falta de preparo dos operadores; conhecimento insuficiente da manutenção; uso inadequado das ferramentas; operação incorreta dos equipamentos; falta de instruções de trabalho.
  6. GESTÃO DE DADOS INEFICAZ: dados que geram informações irrelevantes e incorretas, baixa integração entre os sistemas e falta de análise crítica. Exemplos: falta de histórico correto e detalhado; indicadores desatualizados ou irrelevantes; gestão à vista pouco utilizada; dificuldade em acessar informações; não utilizar as funcionalidades do software.
  7. TRABALHO IMPRODUTIVO: execução de qualquer atividade que não agregue valor ao cliente da manutenção. Exemplos: planos preventivos desnecessários; abertura de ordens em duplicidade; execução de atividades do operador; troca de peças sem necessidade; limpeza do equipamento antes da intervenção.
  8. REPETIÇÃO DO TRABALHO: Execução da mesma tarefa ou adicional, devido a trabalhos mau realizados. Exemplos: diagnóstico errado (tentativa e erro); não encontrar a causa raiz do problema; erro de projeto; peças com qualidade inferior; intervenção de baixa qualidade.

Deste modo, o gestor e a equipe de manutenção precisam desenvolver suas competências para que possam identificar os desperdícios do processo de manutenção, sejam eles relacionados as pessoas, materiais ou processos, e eliminá-los. Tudo isso, com o adequado direcionamento das soluções alinhadas as boas práticas de manutenção.

Então, ao aplicar Manutenção Lean você ganha na otimização de tempo, espaço e esforço. Logo, ganha agilidade na execução dos serviços e eficiência global dos equipamentos porque elimina os principais desperdícios do processo de manutenção. Além disso, ganha porque consegue resultados consistentes em curto prazo com ações simples e de baixo investimento.

Do mesmo modo, você aprende ao planejar, executar, controlar e agir de forma lean na manutenção porque ao longo do processo implanta melhorias fundamentadas em informações e análises profundas realizadas no seu próprio ambiente de manutenção.  Também aprende porque ao utilizar as ferramentas do lean, inclusive a análise da causa raiz das falhas em equipamentos e componentes críticos, você promove o aperfeiçoamento contínuo das pessoas, estratégias e processos através das lições aprendidas.

Dica Gênesis para o Gestor:

Lembre-se, não basta saber como fazer é preciso saber por que fazemos. Atualmente, em qualquer ramo de atividade, torna-se imprescindível analisar metódica e sistematicamente o tempo de processamento de produtos e serviços (lead time), a fim de eliminar todas as ineficiências e desperdícios.

Autores: Mara Rejane Fernandes e Moisés Fernandes Dias

Quer saber mais sobre os 8 desperdícios da Manutenção?  Assista o Webinar Manutenção Lean – Como Solucionar os 8 Desperdícios no Processo de Manutenção no canal da Gênesis Gestão da Manutenção no youtube: https://youtu.be/Dyhu_VGlusc

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